sábado, 18 de dezembro de 2010

JUVENTUDE: PROBLEMA OU SOLUÇÃO?


Psicóloga Rita de Cássia Ramos [FOTO: Arquivo Pessoal]
Atualmente vivemos em uma fase de transformações acentuadas, que afetam o comportamento humano. A vida pós-moderna exige muito de todos, em especial dos jovens. Esses vivem buscando formas de reafirmarem “sua identidade” diante da sociedade. A sociedade, por sua vez, não entende bem essa busca juvenil e taxa-os de “problemas”.

Em busca de construção, afirmação ou até mesmo de aceitação, típica dos jovens, tende a levá-los, individualmente ou em grupos “de iguais”, a mostrarem que existem e precisam ser percebidos pela sociedade. Mas segundo a psicóloga Rita de Cássia Ramos essa busca pelo “lugar ao sol” não deve extrapolar os parâmetros do eu interior. “O jovem precisa ser trabalhado para que perceba que sua identidade é interna e não meramente externa”, alerta a psicóloga.


Com relação a busca “de iguais”, a psicóloga Rita revela que nós seres humanos, desde sempre, buscamos estar com aqueles que nos parecem familiares: e idéias, costumes, gostos..Mas que cada um possui particularidades que precisam ser levadas em conta. “Tem jovens que desejam ser totalmente iguais aos do grupo e outros super diferentes do restante da turma – tem que equilibrar isso aí”, comenta Rita. E completa: “Quem não se achou precisa se achar!”


Às vezes, na busca de sua afirmação social, o jovem perde-se nas drogas, no consumismo, no hedonismo e nas mais fartas futilidades existentes, sem falar no ingresso no crime. Com relação a isso, a psicóloga é firme em dizer que “o remédio para esse problema é o resgate de valores por parte da família e a transmissão (de forma natural – no cotidiano) dos mesmos aos jovens.” Ainda segundo Rita, a sociedade e a escola, tem papel fundamental nesse processo. Família, escola e sociedade precisam olhar com novos olhos para a juventude.


O jovem, em especial, precisa sentir-se pertencente à sociedade. Somente sentindo-se parte desse todo é que a juventude cuidará daquilo que acredita pertencer.


Aos que cuidam de jovens ditos problemáticos, a psicóloga aconselha: “ouçam esses meninos e meninas. Talvez a sua revolta interior de um mundo não aceito, pode ser resolvida com boas doses de diálogo. Esses jovens sofrem com aquilo que nós seres humanos não suportamos: a rejeição.”



Por Eduardo Melo

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